É difícil dimensionar o impacto da carreira de Kobe Bryant para a recuperação do prestígio e audiência da NBA. O jogador surgiu justamente após o hiato representado pelo fim da Era Michael Jordan. Após o título de 1998 com o Chicago Bulls, havia um receio geral sobre como sobreviveria a liga sem a maior estrela de sua história.
No início dos anos 2000, Tim Duncan e Shaquille O’Neal eram as maiores apostas para ocupar seu lugar. Havia a ideia de que a liga deixaria as jogadas acrobáticas de lado e se renderia ao jogo profundamente físico dos pivôs.
Foi quando surgiu Kobe Bryant. Prodígio em quadra, o ala-armador logo tornou-se também fenômeno de vendas. O impacto às empresas que apostaram na força de sua marca é inegável. A Nike, que o contratou como embaixador há mais de uma década, viu sua linha de tênis gerar venda de US$ 105 milhões em 2014 apenas nos EUA.
A Turkish Airlines, por sua vez, colocou Kobe e Messi como estrelas de uma campanha para mostrar ser a companhia aérea com mais destinos no mundo. Aproveitando a moda das selfies, o vídeo com a disputa entre os craques em cenários paradisíacos viralizou. Só no YouTube, teve mais de 250 milhões de visualizações.
Segundo estimativas da Forbes, Kobe arrecadou US$ 350 milhões apenas com acordos comerciais. Ou seja, obteve mais da metade (51%) do que faturou na carreira com seu trabalho fora da quadra.
Dentro dela, se hoje reverenciamos Stephen Curry, é em grande parte porque seu antecessor soube resgatar a magia para as quadras de basquete. Obrigado, Kobe!