A saída de Rogério Ceni tinha aberto uma lacuna de liderança no clube em todas as frentes: política, mercadológica e esportiva. O time perdeu ainda outras referências de marketing, como Luís Fabiano e Alexandre Pato, principais protagonistas da renovação do projeto de sócio-torcedor são-paulino no ano passado.
A performance de Diego Lugano, aos 35 anos, pode ser uma incógnita dentro de campo, um enorme ponto de interrogação que só será decifrado após o início da temporada. Fora dele, o zagueiro uruguaio já mostrou a que veio. Em uma semana, superou Ceni na personalização de camisas no e-commerce do clube.
O uniforme com o nome do atleta já representa 20% das vendas na loja oficial do time. Isso tudo sem, até então, ter sido oficialmente apresentado como reforço do Tricolor paulista.
A festa feita pela nesta semana torcida para recebê-lo, finalmente, na capital paulista dá o tom da importância de se ter no elenco uma peça de referência em todas as esferas, principalmente em fase de transição de poder, como o São Paulo tem vivido desde 2015, com a mudança no comando clube e, consequentemente, em todos os seus departamentos.
A volta de Lugano tem tudo para ser histórica no São Paulo. Sua identificação com a torcida é inegável e, principalmente neste ambiente de mudança, absolutamente salutar ao clube. Se ninguém sabe o quanto ele irá render com a bola nos pés, pelo menos já é possível cravar que sua contratação foi uma bola dentro do São Paulo para os negócios.