A ideia do Flamengo em oferecer acordos de curta duração com marcas que não têm potencial grande de investimento, mas que podem fazer negócios pontuais é um mérito do clube ao se vender como mídia.
Numa época em que o consumo da informação pelas fontes oficiais é a cada dia mais comum, é natural que o Flamengo, tendo a maior torcida do país, tenha essa força de mídia como nenhum outro clube por aqui.
A estratégia, aliás, é muito mais interessante do que o clube poluir a camisa com patrocínios por partida.
Ao oferecer relacionamento de curta duração, ele permite à empresa a criação de um relacionamento inicial ou pelo menos um aproveitamento mais eficiente de ação curta.
O que o clube faz, basicamente, é pensar com a cabeça de uma empresa de mídia. Ele está disponível para que as marcas lancem campanhas por meio de ações com o seu público.
Essa, aliás, é prática comum no mercado americano, em que os clubes vendem patrocínio para jogos, ações pequenas em redes sociais, etc.
A grande sacada do Flamengo, no caso, é entender que não dá para se vender conceito se o mercado não está pronto para comprar isso.
De nada adianta o clube oferecer um relacionamento longo se não há muitos interessados nisso. Melhor é focar em ações de venda que gerem cases para o clube mostrar para outros interessados e, assim, aumentar o faturamento ao atacar o “varejo”.
O mercado brasileiro tem a cabeça voltada para ações de mídia. E o maior mérito do Flamengo, agora, é ver o potencial que ele tem como empresa que também é uma mídia.