Estarei hoje à noite na torcida em frente à TV para que a Argentina consiga ir à Copa do Mundo da Rússia. Confesso que sou fã dos hermanos e, mais do que isso, tarado por Copa a ponto de achar que deveriam ter os campeões mundiais vaga cativa nas edições do torneio. Dá mais charme, é um peso para a competição.
Mas e se a Argentina e, por tabela, Messi, não forem à Copa do Mundo? Aí, tenho de convir, o azar é só deles…
A Copa do Mundo é um dos poucos eventos esportivos que não perdem a sua atratividade pela ausência de alguma estrela. Imagine o que será do atletismo agora que Usain Bolt não vai mais competir? O que foi o basquete americano pós-Era Jordan? Como será o tênis sem Federer e Nadal?
A Copa sobrevive sem os argentinos. É só ver que a importância do torneio é tanta que os patrocinadores da Fifa ainda se mantiveram firmes no apoio à entidade mesmo com o furacão Marin que arrasou o alto comando em 2015. A Copa na Rússia ainda tem os seus apoiadores, como McDonald’s, Coca-Cola, Bud, Adidas e Visa.
Perder a Copa do Mundo, para essas marcas, fez parte da análise de risco de permanecer ligado à Fifa mesmo com os escândalos de corrupção revelados.
Para empresas de varejo, é imprescindível permanecer com suas marcas atreladas ao Mundial, o que comprova a sua eficácia em termos de aproximação com a massa. Por isso mesmo, para Messi, ficar fora da Copa do Mundo é um desastre pessoal. Não haverá menos torcedores na Rússia por causa de uma ausência argentina.
A Copa do Mundo atrai torcedores independentemente do talento que existe em campo. É só lembrar de Irã 0x0 Nigéria por aqui em 2014.