Michael Phelps saiu das piscinas de Pequim, em 2008, com o maior vencedor da história das Olimpíadas. Grata surpresa de Atenas em 2004, o nadador americano se tornou o gigante maior recordista de medalhas de ouro numa mesma edição de Jogos quatro anos depois.
Um ano depois, a performance que o havia levado ao Olimpo começou a ruir pelas atitudes longe das piscinas. Phelps foi flagrado fumando maconha. Ou melhor, inalando um tubo de maconha gigantesco. A imagem arranhou-se de tal forma que a Kellogg’s decidiu fazer caridade com as caixas de cereais que levava a imagem do megacampeão. Além, claro, de romper o acordo que tinha.
Em abril, Phelps anunciou o retorno às piscinas. O grande objetivo, vaga e algumas medalhas para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Seus patrocinadores, Visa, Subway e Omega não tinham do que reclamar. A mídia toda veio atrás.
No final de semana, Phelps voltou a ser destaque. Foi, mais uma vez, preso por dirigir fora dos limites de velocidade. Preso como reincidente, ele colocou novamente à prova a imagem de maior medalhista da história das Olimpíadas. E, cada vez mais, vai tendo menos valor para os patrocinadores. Visa, Subway, Omega e Aqua Sphere, seu novo patrocinador, não comentaram sobre o caso. Mas, claramente, não devem ter ficado muito satisfeitos.
Phelps é a prova de que não é só aqui que o atleta não entende seu papel como formador de opinião das pessoas. Com a mesma velocidade demonstrada nas piscinas, ele migra para a lista dos não-atletas.