O Corinthians jogará sem a Caixa no uniforme no próximo fim de semana, em estratégia para endurecer a negociação com o banco estatal. O clube, no entanto, tem uma tarefa ingrata: brigar com o principal parceiro em um mercado desaquecido e em crise. Para a companhia, as conversas com as equipes sempre são mais confortáveis.
O time paulista sabe bem disso. Quando deixou de ser patrocinado pela Hypermarcas, em 2012, ficou meses sem um aporte máster. O mercado já dava claros sinais que não arcaria mais com os valores pedidos pelos clubes. Os grandes de São Paulo sofreram; Santos e São Paulo ficaram longos períodos sem um patrocinador máster.
Em 2016, o Corinthians também foi agressivo na negociação com a Caixa e, assim como acontecerá neste ano, chegou a jogar sem a marca no uniforme. Conseguiu reduzir a exposição da marca no uniforme e manteve os valores pagos. Uma grande vitória.
Mas a verdade é que o clube fica refém da Caixa pelos altos valores que a companhia paga. Times que tentaram renegociar valores mais altos desistiram da missão, caso recente de Flamengo e Vasco, para citar alguns exemplos.
O Corinthians fará seu jogo de cena, mas, se não quiser perder dinheiro, renovará com a Caixa. Um exemplo disso está nas costas da camisa. Quando conseguiu liberar o espaço, o clube almejava fechar com alguma empresa por R$ 12 milhões. Ficou um ano sem parceiro. Hoje, a Alcatel paga menos da metade desse valor.
No atual cenário, não tem muito segredo para um time grande do futebol brasileiro. Ou aceita as condições da Caixa, ou receberá menos dinheiro. Ou, claro, torce para um mecenas cair no colo. Mas não muitas Crefisas no mercado…