Se há algo que impressiona nos tempos atuais é a velocidade com que se tornam obsoletos os veículos antes usados para informação ou entretenimento.
A internet demorou uma década para ameaçar a posição dos jornais como plataforma noticiosa. Redes sociais precisaram de menos da metade desse tempo para roubar a audiência dos portais. A nova coqueluche é o streaming.
A tecnologia de vídeos sob demanda já é antiga, mas virou a febre do momento. No último ano, quem acompanha a Máquina do Esporte, pôde descobrir várias novas experiências.
A tecnologia levou a FPF a exibir torneios de categorias de base. Novos formatos foram testados. O futsal deixou um microfone com os árbitros que justificavam ao vivo suas decisões.
Basquete e vôlei passaram a transmitir seus torneios, com direito a narrador e comentarista. Até as marcas passaram a veicular conteúdos esportivos ao vivo, como fez a Red Bull, patrocinadora do Mundial de rali.
Coritiba e Atlético-PR jogaram ao vivo pelo Facebook e YouTube, causando uma repercussão tão grande que até a CBF testou a fórmula em amistosos da seleção.
Em movimento que vem dos EUA, gigantes do mundo digital se atentaram ao novo mercado. Facebook, Amazon, Twitter e YouTube já lançam suas plataformas em franco ataque ao domínio da Netflix no setor. É inviável pensar que o público terá verba para assinar tantos serviços de streaming. A tendência, portanto, é que haja, em futuro próximo, a concentração das atrações entre menos empresas.
A briga de gigantes pode ser o ocaso da Netflix apenas três anos após a empresa consolidar o streaming no mundo. Ou não. É difícil prever algo em um mercado que experimenta abalos periódicos.