Após a vexaminosa participação de Neymar na última Copa do Mundo, houve um certo consenso entre especialistas que, para o atleta recuperar sua imagem, precisaria ficar focado em campo. Algumas grandes apresentações seriam suficientes para o jogador ressurgir como astro global do futebol. Nada disso aconteceu e, mesmo assim, Neymar é o novo embaixador da DAZN.
E não é só isso. O brasileiro se manteve em evidência para marcas como Gillette e TCL, e ainda fechou um acordo com a Qatar National Bank no fim de 2018. Nas redes sociais, o atleta ultrapassou a marca de 200 milhões de seguidores.
Isso sem nenhum grande destaque em campo. O atleta até vinha fazendo boa temporada, mas uma nova contusão o deixará fora do protagonismo europeu mais uma vez. Aos 27 anos de idade, a comparação com Cristiano Ronaldo e com Lionel Messi fica cada dia mais descabida. Após virar piada em uma Copa do Mundo, fica cada vez mais clara a possibilidade de Neymar não se tornar o que se esperava dele: um dos melhores jogadores do mundo.
Para quem apostava em mais futebol e menos mídia, a estratégia traçada foi a contrária. Segundo levantou o “Estado de S. Paulo”, os assessores de Neymar tentaram deixar o jogador mais exposto neste último ano. O atleta tem dado mais entrevista e tem transformado a recuperação de sua nova lesão em um espaço aberto nas redes sociais, com vídeos e fotos.
E, com apelo aparentemente inabalável para público e marcas, o plano tem dado certo. Nenhuma empresa aposta em Neymar pelo suposto potencial de entrega do jogador. Elas investem porque têm devidamente quantificado o quanto que ele agrega em imagem. Certamente, ninguém está disposto em queimar dinheiro com o astro.
O ponto central é que hoje o apelo do jogador vai bem além das quatro linhas. Neymar é uma estrela por si só. É uma grande celebridade, um influenciador. Se a bola entrar, melhor ainda. Se não entrar, ele não será o primeiro famoso que as pessoas em geral não sabem direito o que faz. É uma espécie de Paris Hilton do esporte.
No próprio futebol, há um grande exemplo disso. David Beckham foi um bom jogador, especialmente no Manchester United, mas nunca esteve entre os grandes gênios da bola. A grande diferença entre ele e Neymar é que sua gestão de imagem sempre foi impecável, um case único no esporte. Já o brasileiro adora uma polêmica.
O que, neste momento, corrobora para ele se manter no topo da mídia.