Considerado pelos rivais um time de “modinha”, que só lota estádio em jogos importantes, de preferência na Libertadores, o São Paulo vestiu a carapuça na noite de terça-feira.
Pelo menos em sua página oficial no Facebook. “Cadê você aí no sofá? A gente avisou que era noite de Libertadores no Morumbi!”, postou o clube, reclamando do baixo público (pouco mais de 18 mil torcedores) presentes no estádio para acompanhar o massacre de 6 a 0 sobre o Trujillanos, da Venezuela.
Em campo, o time teve motivos para comemorar. Edgardo Bauza conquistou a maior goleada de sua carreira de treinador. Calleri marcou quatro gols, o que nunca havia feito antes em um jogo. Michel Bastos fez as pazes com a torcida. E, pasmem, o time conseguiu até converter um pênalti.
Fora dele, a má campanha na Libertadores, as constantes derrotas em clássicos e os preços inflacionados dos ingressos ajudaram a deixar as arquibancadas do Morumbi semivazias. Algo que irritou até a diretoria, como ficou claro em sua manifestação nas redes sociais.
Entre a torcida, as reações se dividiam. Uma minoria criticou o post. “A torcida tem que apoiar e sempre encher o estádio. Mas esse time estava merecendo?”, questionou um torcedor. Quem concordou, admitiu que o são-paulino só apoia o time nos bons momentos. Nada muito louvável.
É de se questionar se esse tipo de bronca fará o time lotar o estádio no próximo jogo da Libertadores, contra o River Plate. Mesmo se for efetivo, é um tiro no pé chamar seu próprio torcedor de acomodado.