Atleta mais icônico do Brasil nestes Jogos Olímpicos, Neymar viveu seu dia de glória com a conquista do ouro inédito para a seleção brasileira.
Apagado nos últimos jogos do Brasil nas eliminatórias, ausência mais que sentida no 7 a 1 da Copa de 2014 ou bombardeado nas redes sociais com polêmico post de apoio à seleção brasileira eliminada na Copa América do Centenário.
Nada disso importava. Neymar parecia ter se redimido neste sábado (dia 20) no Maracanã ao ser peça fundamental para uma conquista tão importante e aguardada pela torcida. O jogador fez um golaço de falta no tempo regulamentar. Como se isso não bastasse, foi quem teve a responsabilidade de realizar a cobrança do pênalti decisivo que deu o ouro ao país.
Neymar teve o nome gritado das arquibancadas. Foi o mais festejado pela conquista. Enredo perfeito para sua reconciliação definitiva para o Brasil.
No pós-jogo, porém, em vez de adotar uma atitude carismática e amigável, voltou a proferir um discurso arrogante que o afastou de novo da unanimidade. “Vocês vão ter que me engolir”, bradou, em resposta aos críticos do desempenho da seleção brasileira, que patinou no início desta Olimpíada com empates sem gols contra África do Sul e Iraque.
Ao vencer seus GP, Ayrton Senna fazia questão de desfilar com a bandeira do Brasil, resgatando a autoestima de um país na época carente de ídolos. Guga surpreendeu a torcida ao desenhar um coração no chão de terra batida de Roland Garros, em agradecimento aos torcedores. Carisma parece ser uma qualidade natural para um ídolo. Isso ainda falta a Neymar.