A análise mais detalhada do ranking divulgado pela consultoria Deloitte na última semana mostra uma interessante realidade dentro do futebol. Os clubes que foram comprados por bilionários já figuram com consistência entre os dez mais ricos, mas nenhum deles consegue ficar entre os cinco primeiros em receita. E é exatamente isso o que deve preocupar o Palmeiras quando vê o clube bater recorde de faturamento, chegando a quase R$ 500 milhões na temporada passada.
A escalada de receita se dá por dois motivos distintos. O primeiro, um alento ao clube, é a receita oriunda do estádio. O Allianz Parque é uma mina de ouro. O outro motivo é preocupante. Houve um salto gigantesco de arrecadação em patrocínio, mas a verba provém de uma única e instável fonte, que é a ambição política dentro do clube dos donos da Crefisa.
O Palmeiras, mal comparando, é como o Manchester City. O clube depende de um único patrocinador e da receita de TV para figurar entre os mais ricos. Até quando isso vai durar?
Se quiser realmente estar entre os melhores do mundo em arrecadação, o Palmeiras precisa fazer uma lição de casa. Olhar para Manchester, sim, mas estudando o United, e não o City. O time mais rico do mundo diversificou ao máximo a receita comercial e depende menos da TV e do estádio.
Na lista dos mais ricos, o Palmeiras precisa se esforçar para deixar de ser Manchester City e virar o United. Só assim será mesmo um clube rico.