Para que serve um Pan?
A polêmica pergunta feita pela revista Veja continua ressoando no meio esportivo. Como bem expôs na página anterior o Adalberto, não dá para querer que os Jogos Pan-Americano sejam uma mini Olimpíadas.
Mas também não dá para o Pan continuar a ser uma versão em espanhol dos Jogos Abertos do Interior, como já cravou há alguns anos um antigo e polêmico dirigente de futebol.
O Pan, do jeito que a Odepa faz, se autoproclama uma competição menor. Sem assegurar índices de muitas modalidades para Olimpíadas, sem ter um calendário que obrigue que os principais atletas daquela modalidade estejam competindo e, pior, sem ter um grau elevado de profissionalismo em sua gestão, o Pan está fadado a ser uma versão continental da competição amadora pelo interior paulista.
O Brasil desembarcou no Canadá e teve o hino trocado pelo de Bahamas. Nas transmissões, o que se via era um festival de desinformação da TV canadense responsável pela geração do sinal, isso sem falar na não-necessidade de exibir todas as competições, o que fez com que o Sportv usasse uma única câmera para mostrar ao vivo a final do handebol feminino.
O Pan tem potencial para ser um evento importante do calendário. Mas falta à Odepa a coragem de fazer da sua maior competição um evento à altura do que se espera dele a cada quatro anos. Enquanto a própria entidade que organiza o Pan não olhar com mais carinho para ele, teremos nele um subproduto do esporte.