A Honda fechou com a Arena Corinthians e, para explicar o aporte ao local, o executivo da empresa fez questão de ressaltar que a empresa não tinha ligação direta com o time, apenas com o estádio. “Se fecharmos com um, temos que fechar com todos, como a Caixa”, ressaltou.
Os receios da Honda ainda são comuns no Brasil. E eles são baseados em duas premissas equivocadas: a que o patrocínio se limita à publicidade, à exposição da marca, e que um contrato com um time gera rejeição por parte dos torcedores rivais.
A primeira parte é curiosa nesse caso porque é justamente isso o que a Honda não faz com o Corinthians. As ativações da marca são ótimas e seria fantástico se outros patrocinadores pensassem o futebol da mesma maneira. Mas o discurso, tão naturalizado, permanece.
Patrocínio esportivo cria vínculo, gera relacionamento, promove experiência, propicia negócios e fornece ferramentas para a exposição da marca. Se houver uma grande estrutura para isso, tudo fica melhor e mais fácil. É o que investe a Honda na Arena Corinthians. Que diferença faz se ela patrocina o estádio ou o clube?
E o discurso da rejeição se conserva, mesmo após diversas pesquisas apontarem para o contrário e um tanto de cases explicitarem sucesso. É uma bobagem que se transformou em uma mentira de Goebbels no futebol brasileiro. Com toda a perversidade que isso abrange em um mercado emergente.
Se você, potencial patrocinador, ainda tem medo do futebol, repense. Ele ainda pode ser um tanto amador, mas vai te fazer vender aos montes.