Mais estranho do que modernos estádios abandonados pelo Brasil são os times que abrem mão deles para atuar em locais com condições, no mínimo, questionáveis. No Rio de Janeiro, a prática virou arma na dura negociação com o Maracanã. Mas o Fluminense, com o Giulite Coutinho, deixou claro os riscos da estratégia.
O estádio do América do Rio, que seria usado pela equipe tricolor, não resistiu a uma forte pancada de chuva e teve sua cobertura desmoronada. Não ter acontecido durante uma partida do Campeonato Carioca foi uma mera questão de sorte.
E é realmente difícil dizer que o mesmo não poderia acontecer com o Estádio Luso-Brasileiro que, para receber o Flamengo, terá até arquibancadas provisórias, como já aconteceu com o Botafogo na última temporada.
Enquanto isso, o novíssimo Maracanã fica às moscas em diversas datas.
Infelizmente, estádio novo não é garantia de segurança, como problemas na Arena Corinthians e no Engenhão já deixaram claro. No entanto, é evidente que estão mais bem preparados para receber grandes multidões.
Ignorá-los por questões financeiras é uma irresponsabilidade dos dois lados dessas negociações. Questões simples, como vazão de torcedores, podem acarretar em problemas sérios. Não é preciso esperar para ver.
Após os megaeventos e a distribuição de bilhões em arenas, ver gigantes do futebol brasileiro jogando em casas acanhadas é uma aberração.