A pesquisa da PwC sobre o quanto movimenta o esporte nos Estados Unidos é para deixar qualquer um no Brasil de cabelo em pé. Nem tanto pelo resultado de US$ 70 bilhões que a empresa de consultoria calcula ser o tamanho do PIB do esporte profissional nos EUA, mas principalmente por ser esse um valor absolutamente real e palpável.
O grau de profissionalismo e profundidade que hoje existe no esporte americano faz com que seja fácil medir o valor gerado pelas diferentes atividades ligadas ao esporte.
Desde ontem tenho tentado pensar qual seria o tamanho real do PIB do esporte profissional no Brasil. A Série A do Brasileirão, que seria equivalente à NFL nossa, como liga mais rentável, não deve movimentar mais do que R$ 3 bilhões ao ano, entre patrocínios, bilheteria, mídia e venda de produtos licenciados.
Depois dela, entrariam na conta a Superliga de vôlei e o basquete, com campeonatos minimamente estruturados e com uma pequena geração de receita em patrocínio e mídia. Somadas, as duas não devem gerar nem meio bilhão de reais ao ano.
Num cálculo muito, mas muito superficial, é possível imaginar que, no Brasil, geramos R$ 20 bilhões com o esporte, colocando nesse balaio toda e qualquer atividade esportiva, bem diferente do estudo da PwC.
O fato é que, se quisermos realmente dizer que há uma indústria do esporte no Brasil, é hora de começar a mensurar tudo. Só assim poderíamos dizer qual o tamanho real do PIB do esporte no Brasil.
Mas será que estamos preparados para ter tanta transparência assim?