Você deve ter lido aqui na Máquina do Esporte que o Cruzeiro deu início à mensuração do retorno que dá para seu patrocinador com a exposição das marcas nas redes sociais. Não leu? Então clique aqui!
O serviço, ainda começando a ser oferecido no Brasil, tem tudo para ser a tendência de utilização pelas marcas para os próximos anos na hora de decidir onde investir em esporte.
A melhor notícia dessa parceria entre o Cruzeiro e a Repucom para mensurar o impacto das redes sociais é a percepção do clube mineiro de que ele, mais do que um time de futebol com uma torcida apaixonada, é uma mídia consumida e desejada pelas pessoas e que pode gerar ótimo retorno a quem se vincular a ela.
Esse é o salto que falta ao esporte no Brasil. Com as mídias sociais, o esporte passou a ser propagador de conteúdo. O torcedor quer consumir o clube. Não importa mais o meio, apenas a mensagem em si.
Se, há 20 anos, a TV a cabo chegou para fragmentar um pouco o consumo de mídia no país, a internet veio para estraçalhar essa relação. Com ela, o esporte não depende mais da TV para propagar o seu produto.
Se, antes, as mídias eram o intermediário para o esporte chegar às pessoas, agora essa relação não depende mais de absolutamente ninguém. Basta uma @ ou um perfil no Facebook para um atleta falar com milhões de pessoas diretamente, sem qualquer intermediário.
O problema é que, até hoje, o modo como o esporte se vê e se vende como produto no Brasil ainda é baseado no modelo dos anos 80, quando a TV aberta era o único veículo de comunicação em massa do país. A internet acaba com essa relação, tanto que os canais oficiais dos clubes no YouTube começam a ganhar dimensões que já extrapolam a casa dos 2 pontos de Ibope por vídeo.
O esporte é conteúdo. Mas ainda precisa saber se vender como tal.