É um pouco injusto cobrar dos clubes brasileiros que gerem receitas diretamente de suas redes sociais. Na condição de “influenciadores online”, categoria cada vez mais valorizada no mercado, os times teriam que aceitar acordos com valores aquém do aportado por seus outros parceiros.
Segundo levantamento do Forbes, os influenciadores no mercado americano são mais valorizados quando estão no Youtube, em detrimento de Instagram e Twitter. No Brasil, a distância entre as redes parece ainda maior; são os ‘Youtubers’ que mais faturam no país.
O problema é que, segundo levantamento da Época Negócios, um acordo com os maiores influenciadores, aqueles que chegam a ter 10 milhões de inscritos no Youtube, gira entre R$ 50 mil para um anúncio simples a R$ 150 mil por uma campanha.
Pela Forbes, o Facebook valeria cerca de dois terços do Youtube. O que significa que, hoje, uma campanha na página do Flamengo, por exemplo, está avaliada em R$ 100 mil. Para a equipe, o valor não é significante. Não dá para colocar no mesmo nível de entrega que o clube faz com a Carabao, empresa que investirá R$ 35 milhões ao ano a partir de 2018.
Poderia, claro, haver um contrato anual, de R$ 1 milhão. Mas a estratégia não faz sentido para uma campanha de marca. Pelo tempo e valor, esse seria um patrocínio que abrangeria outras propriedades de um clube.
No fim, as redes sociais dos clubes têm como maior função, além, claro, de gerar relacionamento e engajamento com os torcedores, tornar a entrega cada vez mais forte aos seus atuais parceiros. Algo que já é uma realidade, como deixa claro o Flamengo.