Nos últimos anos, o Novo Basquete Brasil tem sido destaque no mercado esportivo brasileiro, com grandes eventos e novos patrocinadores. No entanto, a situação de um time, o Brasília, mostra que ainda há um enorme trabalho a ser desenvolvido.
A equipe anunciou na última semana que não participará da próxima edição do NBB. Tricampeão do torneio, o time havia perdido o aporte da UniCeub após o término da última temporada. E, sem um patrocínio, não foi possível apresentar as garantias financeiras à Liga Nacional de Basquete.
É muito difícil fazer um campeonato forte sem que exista torcedores engajados. E o que engaja os fãs é uma equipe que envolva alguns pilares de identificação. Fora do futebol, são pouquíssimos os clubes que conseguem desenvolver esse laço, justamente porque sua própria existência é demasiadamente frágil.
Desenvolver financeiramente essas equipes era, e ainda é, uma das principais prioridades da parceria entre NBB e NBA. Agora, fica ainda mais claro que essa deverá ser uma frente sempre em evidência.
Atualmente, as equipes de basquete e de vôlei do Brasil são limitadíssimas na criação de novas receitas. Invariavelmente, elas dependem um patrocínio que abrace o projeto, o que nem sempre é simples de existir. Televisão e matchday, que deveriam se equilibradas nas contas de qualquer equipe, ainda são pouco significantes.
Esse caminho não é nada simples porque esse laço de identificação com o torcedor não é plenamente desenvolvido. Seu crescimento demanda tempo, mas nem por isso deixa de ser urgente no esporte brasileiro.