Arenas entregues, obras de mobilidade em operação ou às vésperas da inauguração, expectativa de que o zika vírus não gere uma zica na Olimpíada de Verão disputada em pleno inverno. Mesmo com tantos problemas, parece que o Rio caminha para realizar Jogos Olímpicos se não espetaculares, ao menos dignos.
O carioca pode ainda não ter se contagiado nas ruas, mas é algo que irá acontecer com a chegada do revezamento da tocha. A chama olímpica e a perspectivas de conviver com os maiores atletas do mundo em sua cidade com certeza esquentará a expectativa dos moradores.
Se o legado olímpico será muito aquém do prometido, é de se esperar que, assim como aconteceu com a Copa do Mundo, o evento esportivamente seja bem-sucedido e a festa tome conta das ruas.
Algo, porém, ainda causa temor: a ameaça terrorista. Um simples ataque será o suficiente para jogar por terra todo o esforço para organizar a Olimpíada. Foi o que aconteceu em Munique. A cidade alemã se esforçou em gerar um legado, com a reurbanização da área do Parque Olímpico. Ninguém se lembra disso. Os Jogos ficaram marcados pelo ataque que matou 11 integrantes da delegação de Israel.
Atlanta, em 1996, não tinha muito trabalho positivo a mostrar: falhas na divulgação dos resultados, críticas à qualidade da comida na Vila Olímpica, excessivo clima mercantilista. Nada disso ficou para a história. Mas uma bomba no Parque Olímpico, que matou duas pessoas, é o fato mais lembrado daqueles tristes Jogos.
Se falhou no legado, o Brasil ainda pode organizar uma ótima edição da Olimpíada. A segurança voltou a ser preocupação zero para que isso aconteça.