“A seleção acabou como produto”?
Respondi pelo menos cinco vezes a essa pergunta desde os 7 a 1, para diferentes veículos de mídia, com maior ou menor intensidade depois do escândalo de corrupção que expulsa do mundo da bola toda a nata da cartolagem furada brasileira.
Mas e aí, será que a seleção acabou como produto? A pergunta estava na pauta da Máquina do Esporte no primeiro jogo após o Copazzo.
O resultado da audiência do amistoso contra a Colômbia foi até certo ponto surpreendente. Foram 26 pontos no Ibope na noite de sábado, o melhor resultado da TV em transmissão desde a Copa do Mundo.
E, desde então, tem sido assim.
Os 7 a 1 não foram suficientes para tirar do torcedor o desejo de consumir a seleção brasileira, reconexão feita após o Mundial ser no país.
Nesta semana, mais uma vez a Globo tem recorde de audiência com a transmissão de um jogo da seleção brasileira (leia na pág. 4). É, mais uma vez, a prova de que o país ainda tem interesse em assistir à seleção brasileira dentro de campo.
O trabalho da CBF é fazer a imagem da bandalheira de seus dirigentes ser desvinculada da seleção.
Por mais que os deslizes de David Luiz insistam em nos deixar pessimistas com o desempenho dentro de campo, o torcedor ainda quer poder crer e torcer pelo time brasileiro, que afinal de contas tem Neymar, um dos maiores craques do futebol.
As previsões apocalípticas após o 7 a 1 e reforçadas com a revelação dos desmandos das cartolas furadas estão, pelo menos quando o assunto é seleção, sofrendo uma goleada…