Após meia década, o futebol brasileiro, por necessidade, baixou a bola dos valores pedidos às empresas. A bolha inflacionária criada no fim dos anos 2000, pela junção do fator Ronaldo-Corinthians e pela ilusão do Brasil pré-Copa e pré-Sal, estourou.
E isso é ótimo para mostrar às marcas que o esporte pode ser um meio viável para relacionamento com o público. Esqueça o patrocínio máster na camisa. Mas não subestime o poder de engajamento – e compra – da torcida.
Num mundo cada vez mais conectado e, por isso, fragmentado em sua atenção, conseguir engajamento de um consumidor é tarefa bem difícil.
Se você não trabalha nas empresas de tecnologia que mapeiam os hábitos de consumo das pessoas, será quase impossível saber o que ela deseja. O esporte é a chave que destrava a relação do consumidor, uma vez que ele ainda é um dos últimos redutos de relacionamento movido só por paixão.
Até a Copa do Mundo, o futebol no Brasil vivia uma irrealidade de valores que afastava as empresas desse tipo de ação. Agora, com a ampliação do uso das redes sociais pelos clubes e com uma necessidade de gerar receita, mesmo que pequena, o futebol se tornou mais acessível para marcas menores.
Isso é fantástico, já que amplia o leque de empresas envolvidas no esporte. O curioso é que a falta de credibilidade do futebol é tanta que, até agora, as grandes marcas seguem afastadas.
Esse é o salto que falta para a indústria do futebol neste próximo ano.