É muito fácil criticar o futebol brasileiro. Fora alguns dirigentes da CBF, ninguém arrisca dizer que não há muito o que ser feito para que o esporte no Brasil seja mais organizado. Mas, na ânsia de algo mais desenvolvido, é comum deixar de lado o crescimento que houve na última década. E poucas coisas representam tão bem esses avanços quanto os programas de sócio-torcedor.
Hoje, os grandes clubes do Brasil praticamente eliminaram o problema de distribuição de ingressos. E o fizeram de maneira prática, graças ao avanço da internet. Com o acesso aos tíquetes facilitados, as velhas cenas de confusões em bilheteria viraram exceções. Um jogo recente do Flamengo nos fez lembrar que o problema não está totalmente resolvido, mas já está longe de ser a regra.
Como consequência, a média de público tem subido consideravelmente. Vale sempre a lembrança de que, em 2004, o Brasileirão teve média inferior a 8 mil pessoas, menos da metade do que foi apresentado em 2014.
Além disso, hoje existe no Brasil uma plataforma de comunicação direta a mais de um milhão de torcedores. Não por acaso, o Movimento por um Futebol Melhor já tem sido usado como meio de promoção de marcas. Aos poucos, essa troca com os torcedores deve melhorar, e os programas só têm a ganhar.
O cenário otimista se dá pelo simples fato de que o ganho hoje é real, mas ainda é bastante recente. Com poucas exceções, como o caso do Internacional, a percepção de importância só passou a existir há poucos anos. Não é difícil, portanto, imaginar um grande crescimento futuro.