A renovação de contrato de patrocínio dos clubes com a Caixa mostra a falta de poder de barganha do futebol quando há apenas uma marca interessada em patrocinar uma camisa.
Desde que entrou com força no futebol, em 2013, a Caixa parece ser a salvação para os clubes. Hoje, cinco anos depois, o que era para ser a melhor saída mostra-se o grande problema para o futebol ter uma valorização.
Sem dúvida, a Caixa fez o futebol ter um acréscimo no valor que era pago pelo patrocínio na camisa dos clubes. Mas hoje o futebol é refém desse mesmo processo de valorização que criou.
Quando inflacionou o mercado, pagando mais do que se havia feito até hoje no futebol, a Caixa conseguiu o que queria, que era aumentar de forma significativa sua presença de marca no futebol às vésperas da Copa-2014.
Mas essa valorização aconteceu, em partes, porque havia quem quisesse pagar por aquilo que era ofertado. E agora, quem participa dessa disputa?
Sozinha, a Caixa é quem dita como será o valor de um patrocínio. Por mais que os clubes reclamem, tentem mudar as bases ou qualquer outro esforço, eles não acham, no mercado, outra marca para substituir a Caixa.
Atual campeão brasileiro, o Corinthians é o melhor exemplo disso. Em 2017, jogou sem um patrocínio máster. Até agora, tampouco apareceu alguém disposto a bancar o que quer.
É um tremendo engano achar que quem dá o valor de uma propriedade é o vendedor. Se não há quem queira pagar o que ele pede, não haverá a venda. Sozinha, a Caixa é quem determina o valor do patrocínio no Brasil.