O estilo agressivo da Red Bull deu o ar da graça na última terça-feira (23), num post do time de futebol da empresa em suas redes sociais. A imagem brincava com o fato de o clube enfrentar nesta quinta-feira (25) o Palmeiras. Numa referência indireta à Globo, o RB Brasil foi riscado e escrito Red Bull Brasil. E o Allianz Parque teve o nome grafado corretamente, no lugar da pavorosa Arena Palmeiras.
Mas qual a real necessidade de se tomar partido numa briga dessas?
Há décadas que sabemos do problema que é o boicote de boa parte da mídia em citar o nome das empresas que investem no esporte. Não dá para achar, portanto, que uma marca quando investe em patrocínio esportivo realmente espera que isso ocorra.
Soma-se a isso outro fator importante. Para um patrocínio realmente ter atratividade, é preciso investir em ações de ativação da marca. Assim, o aporte deixa de ser algo passivo para se tornar uma relação vibrante. Qualquer marca de grande porte sabe que é assim que o patrocínio vai prosperar.
Qual o ganho que uma empresa tem ao fazer um ataque ao jeito de ser da emissora? Sim, a Globo está errada ao fazer isso. Mas será que é preciso para a marca ir para o confronto?
Outro dia, em sua coluna no “Meio e Mensagem”, Ricardo Fort, diretor de patrocínios da Coca-Cola, fez uma importante ressalva sobre de que forma as marcas se sobressaem numa ação de patrocínio esportivo. Além de fazer o trabalho de ativação, é preciso ter uma longevidade de investimento.
A Red Bull já vai para uma década de criação do time de futebol no Brasil. Todos sabem que ela é dona do RB. Assim como a casa do Palmeiras é o Allianz Parque. Não há por que brigar sobre isso, hoje, com a mídia.