Os acertos de Atlético e Cruzeiro com duas empresas do ramo alimentício de Minas Gerais representam tímidas boas novas para o mercado.
Nem tanto por Cemil e Vilma Alimentos serem marcas “estreantes” no universo do patrocínio, mas pelo fato de os acordos injetarem novas ideias para o futebol brasileiro, meio que anestesiado pelo efeito Caixa.
Ok, o Cruzeiro pode ser outro que vai se amarrar na sombra perigosamente refrescante da empresa estatal, mas conseguir dois novos patrocínios revela que o futebol começa, de novo, a se mexer para ter grana.
A ilusão causada pelo novo acordo de TV, somada com o adiantamento de valores dessas cotas, gerou um descompasso no futebol do país. O dirigente adiantou o que não tinha para pagar o que não teve em campo. O saldo deficitário foi agravado pela decisão da Globo de não mais adiantar valores para os clubes.
Qual a solução encontrada?
Atlético e Cruzeiro dão mostras de que é preciso negociar. Localmente pode existir uma solução não tão valiosa, mas ao menos eficiente.
O desafio para Galo e Raposa agora é manter esses patrocínios em 2016, quando boa parte da verba estará concentrada nas Olimpíadas.
Para isso, precisarão provar que, mais do que exposição na mídia, o patrocínio foi valioso por outros motivos. Engajamento do torcedor, ações interna, vendas.Tudo é argumento para manter o cliente. Esse é o lado bom de ter gente nova no pedaço. Ela exige mais trabalho.