A discussão sobre a volta da Copa Sul-Minas, com a inclusão de Flamengo e Fluminense, é perfeitamente compreensível sob a ótica dos falidos estaduais, mas não faz nenhum sentido dentro de um calendário nacional. Por que deveria haver uma disputa entre 12 times da Série A como torneio de abertura da própria Série A?
Hoje, um torneio de pré-temporada de 20 datas, como são os estaduais, é um peso aos clubes. Não há retorno financeiro, nem esportivo. E cria-se um calendário totalmente destoado da realidade do restante do mundo. Mas ter Brasileirinhos antes do Brasileirão não pode ser a melhor solução.
Primeiramente, porque o excesso de jogos permanece. E, depois, cria-se uma concorrência entre produtos. Colocar um Internacional e um Flamengo em campo é justamente o atrativo do Campeonato Brasileiro em detrimento aos estaduais.
Novamente, a iniciativa dos clubes na última semana é compreensível graças ao melancólico primeiro semestre das equipes. O que não faltaram neste ano foram episódios lamentáveis relacionados aos Estaduais.
A promessa é fazer do novo torneio um produto pensado comercialmente. Algo que atraia público, mídia e patrocinadores, com eventos que hoje são inexistentes no futebol brasileiro. Ainda assim, seria muito mais interessante fazer isso com os 20 clubes da Série A do que com apenas 12. Ou seja, um Brasileirão decente.
Sabe-se, claro, da briga que seria a criação de uma Liga para o Campeonato Brasileiro. E do enorme desinteresse de grande parte dos agentes que compõem o futebol. Mas seria muito mais coerente.