O britânico Andy Murray criticou a Head, sua própria patrocinadora, por não ter rescindido contrato com Maria Sharapova após essa revelar ter sido flagrada no antidoping.
“Neste ponto, o importante é ir aos fatos antes de tomar a decisão de renovar um contrato. Eu, pessoalmente, não haveria extendido [o acordo com a tenista]. Se ela ingeriu a droga que eleva o rendimento e foi pega no controle, deve ser suspensa”, afirmou o número dois do ranking mundial, que está nos Estados Unidos para a disputa do Torneio de Indian Wells.
O tenista acrescentou que a decisão da marca austríaca é “estranha dadas as circunstâncias”. A empresa fornecedora de raquetes anunciou, na semana passada, que pretende renovar contrato com Sharapova, apesar do caso de doping. A marca austríaca, uma das líderes em seu segmento, afirmou, em comunicado oficial, que o teste positivo para a droga meldonium, entra “dentro da categoria de erros ‘honestos’”.
Sharapova mantém contrato com a Head desde 2011 e recebe anualmente US$ 1,5 milhão, o que representa mais do que Murray ganha da empresa. A decisão da Head contrasta com o posicionamento de Nike TAG Heuer e Porsche, que anunciaram suspensão ou não renovação dos contratos em vigor com a tenista.
“Tomar uma droga com prescrição médica só porque é legal é ruim. Já usei proteínas, géis energéticos e bebidas esportivas em quadra. Antes, usava vitaminas. Agora só uso comida”, afirmou o escocês.
“É parte de seu trabalho saber tudo o que ingressa em seu corpo. Não se pode confiar simplesmente no que diz um médico ou fisioterapeuta. É preciso checar e rechecar por si próprio se tudo o que ingressa em seu corpo é seguro”, acrescentou o tenista.