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Apelidos ameaçam naming right de arena corintiana

Andrés Sanchez terá de vender naming rights assim que possível A menos de quatro anos da Copa do Mundo no Brasil, governos federal, estadual e…

Andrés Sanchez terá de vender naming rights assim que possível

Andrés Sanchez terá de vender naming rights assim que possível

A menos de quatro anos da Copa do Mundo no Brasil, governos federal, estadual e municipal não são os únicos com prazos para captar recursos, conseguir parcerias com iniciativa privada e modernizar infraestrutura. O Corinthians, com o anúncio da construção de estádio em Itaquera, também terá de se apressar para que apelidos não atrapalhem a venda dos naming rights do local.

Com apenas algumas semanas após a definição sobre o estádio que deverá representar o Estado de São Paulo no Mundial, já surgiram nomenclaturas como Fielzão, usadas pela imprensa para se referir à arena, nocivas ao negócio. Caso algum nome ganhe força entre veículos de comunicação e população, aumenta o risco de que o nome de eventual empresa não emplaque e não consiga o retorno esperado.

Entre fontes de mercado, a confiança na capacidade do marketing corintiano predomina, mas também é consenso que o clube já deveria ter fechado o comprador dos naming rights. “Se você lançar o estádio com nome, desde obra ou projeto, você entrega à companhia uma propriedade que já é citada desde o início”, explica Mauro Holzman, diretor de novos negócios da Traffic Arenas.

Não há, contudo, um prazo preciso para a definição do negócio. É pouco provável que se possa afirmar com convicção que o Corinthians tem seis ou dez meses para atingir o objetivo, mas é necessário que o time paulista resolva esse impasse o quanto antes, segundo o diretor – envolvido na cessão dos naming rights do estádio do Atlético Paranaense, clube no qual trabalhou à época, à Kyocera.

“É perigoso entrar no mercado com arena sem nome porque a mídia vai chamar de algum nome, então o ideal é que ela nasça vendida”, complementa Fábio Wolff, diretor da agência Wolff Sports & Marketing. Enquanto a venda não é concretizada, é possível manter nomes flexíveis, tal qual faz o Grêmio com a construção da Arena Grêmio ou o Palmeiras, com a Arena Palestra.

Ao Corinthians, além do prazo para a cessão dos naming rights antes que algum apelido surja, a natureza do negócio contribui para tornar o tempo escasso. De acordo com o presidente do clube, Andrés Sanchez, se o nome do estádio não for negociado em “quatro ou cinco anos”, caberá ao time paulista o ônus da construção, em forma de reembolso à construtora responsável, Odebrecht. A cada ano, o negócio se torna menos viável.