Anunciada nesta quinta-feira, a parceria dos Jogos Olímpicos de 2016 com a consultoria Ernst & Young ratificou uma mudança de realidade para o evento. A organização trabalha atualmente com uma perspectiva de arrecadação muito maior do que o objetivo que existia quando a competição foi lançada.
Na candidatura, a ideia dos responsáveis pelo Rio-2016 era amealhar US$ 550 milhões em acordos comerciais. O comitê organizador local trabalha atualmente com uma meta de US$ 1,2 bilhão.
O principal reflexo dessa evolução de receitas é a participação do poder público no evento. Se a projeção atual for alcançada, de acordo com o comitê, os Jogos de 2016 não precisarão de dinheiro público – essa conta não considera investimentos em estádios, aparatos esportivos e infraestrutura urbana.
“Estamos indo muito bem, e sempre acreditamos na capacidade do mercado brasileiro em responder ao evento. Lá atrás havia dúvidas entre os eleitores do COI, mas dizíamos que éramos uma economia forte e o sexto mercado publicitário no mundo”, disse Leonardo Gryner, diretor-geral do comitê organizador, em entrevista à agência “Reuters”.