Nem 16 horas de reunião foram suficientes para aplacar as divergências que causaram o locaute da liga profissional de basquete dos Estados Unidos (NBA). Depois desse período e diante da falta de acordo, donos de equipes e representantes dos jogadores decidiram promover um período de descanso.
A longa e infrutífera reunião foi realizada em um hotel de Nova York. O primeiro a deixar o local, segundo a agência “EFE”, foi Billy Hunter, diretor-executivo do sindicato dos jogadores.
Hunter saiu às 4h17 (de Brasília), e preferiu tergiversar quando foi questionado sobre o que havia sido decidido na reunião. A mesma postura lacônica foi adotada por Tim Frank, porta-voz da NBA. Segundo ele, o mediador federal George Cohen ordenou às duas partes que evitassem comentários públicos.
O locaute já cancelou a pré-temporada e os amistosos que as franquias fariam neste ano. Além disso, comprometeu ao menos cem jogos da temporada que estava prevista para começar no dia 1º de novembro.
Segundo uma projeção da Adidas, a venda de produtos relacionados à NBA já teve queda de 20%. A empresa de material esportivo, patrocinadora oficial da liga, calcula um prejuízo de US$ 50 milhões em caso de cancelamento da temporada.
O entrevero que gerou o locaute na NBA tem como cerne uma discussão sobre o contrato geral de trabalho da liga. Existem discussões, por exemplo, sobre teto salarial e a participação de receitas que cabe aos atletas.