Na próxima quinta-feira, a morte de Ayrton Senna completará duas décadas. Com status de herói nacional, o piloto deixou os fãs do automobilismo órfãos de um grande ídolo, mas sua marca permanece forte na memória do brasileiro e forte como uma marca comercial. No último ano, a comercialização de produtos relacionados ao atleta movimentou entre R$ 700 milhões e R$ 1 bilhão.
Essa é a conta realizada pelo Instituto Ayrton Senna, que ganha com royalties de produtos licenciados relacionados ao piloto, além de contratos publicitários envolvendo sua imagem. No último ano, a parte repassada à instituição ficou entre R$ 20 e R$ 25 milhões. Essas cifras colocam Senna até hoje como um dos atletas mais rentáveis do esporte brasileiros.
Neste ano, a conta deverá ser ainda maior graças ao aniversário de morte de Senna como indicou o diretor de negócios do Instituto de Ayrton Senna, Marco Crespo. “Tivemos um aumento de 50% na procura de empresas que querem fazer alguma parceria”, afirmou.
Crespo acredita que, como andam as negociações, o faturamento do instituto deve ter um aumento superior a esse crescimento na procura, ou seja, superior a 50%. O instituto, no entanto, não faz previsão mais precisa dos ganhos para este ano por duas razões: a primeira, claro, é que ainda se está no primeiro semestre do ano. O segundo incorre pelo zelo necessário pela instituição para fechar parcerias.
Segundo Marco Crespo, existe um trabalho especial nesse quesito por se tratar de uma imagem idolatrada pelos brasileiros e que não está viva. “Fazemos uma análise minuciosa de cada parceiro antes de fechar. O histórico, os valores, o objetivo. Temos que ter um filtro grande para fechar qualquer acordo”, afirmou.
Os contratos assinados envolvem o direto do uso da marca Senna, além de seus derivados, caso do instituto e do Senninha, voltado ao público infantil. Recentemente, por exemplo, a Gillette apostou na imagem do piloto para vender uma versão especial do aparelho de barbear Mach 3.
* O repórter viajou a convite da Azul