O Flamengo cogita mandar seus jogos em Macaé, a cerca de 200 quilômetros do Rio de Janeiro. A arena da cidade passou por reformas, com investimentos de R$ 21 milhões, e foi aprovada para receber jogos da Série A. O estádio serviria como uma alternativa ao Engenhão, estádio do Botafogo do qual o Flamengo fez um acordo de uso recentemente.
Na última terça-feira, a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, a Ferj, e a rede Globo vistoriaram o estádio e deu o aval necessário para partidas da Série A e B, além do campeonato estadual. “Há uma boa chance de utilizarmos esta nova opção”, afirmou o vice-presidente de marketing do Flamengo, Henrique Brandão, ao jornal “O Globo”.
A declaração aconteceu poucos dias após o Flamengo fechar um acordo com o Botafogo para a utilização das partes comerciais do Engenhão durante os jogos do time rubro-negro. Pelo contrato, o Flamengo tem participação nos lucros do estacionamento, das vendas de produtos no interior do estádio e dos camarotes. O Flamengo pode, então, levar empresas patrocinadoras próprias para a sua casa provisória, mas divide os lucros com o Botafogo.
Um dos dramas vividos no estádio, no entanto, não tem relação com os acordos, e sim com o público. O Engenhão, construído para os Jogos Pan-Americanos de 2007, fica em uma região de difícil acesso no Rio de Janeiro e com transporte público limitado. No último jogo, por exemplo, o Flamengo enfrentou o Fluminense e teve apenas 16 mil pagantes de público. No primeiro turno, o clássico foi morno e ainda assim contou com 19 mil pagantes no Maracanã.
Como o Engenhão é a solução imediata, o marketing do Flamengo acredita que o tempo dará maior familiaridade entre os torcedores e a nova arena. “Precisamos dar oportunidade de o torcedor conhecer o estádio, se acostumar com o novo local. Nós vamos divulgar para a nossa torcida as opções de acessibilidade para isso acontecer”, afirmou o diretor de marketing do clube, Harrison Baptista, à Máquina do Esporte.