A Nike anunciou o rompimento do contrato de patrocínio com o boxeador Manny Pacquiao após o filipino dar declarações que insultavam homossexuais numa entrevista a uma TV de seu país.
“Nós achamos os comentários de Manny Pacquiao detestáveis. A Nike fortemente se opõe à discriminação de qualquer forma e tem uma longa história de apoio à comunidade LGBT. Nós não temos mais nenhum relacionamento com Manny Pacquiao”, disse a empresa em um comunicado.
A decisão foi tomada depois que Pacquiao disse a uma rede de TV nas Filipinas que não apoiava o relacionamento entre pessoas do mesmo sexo: “você vê animais do mesmo sexo se relacionando?”, perguntou o boxeador durante a entrevista.
A decisão da fabricante de material esportivo foi tomada depois de ele publicamente se desculpar pelas declarações, mas não voltar atrás em sua posição.
Na sua página no Facebook, o filipino disse: “Peço perdão por ter prejudicado gente comparando os homossexuais aos animais. Ainda sou contra o casamento entre gente do mesmo sexo pelo que diz a Bíblia, mas não condeno os LGBTs”, disse Pacquiao.
A decisão de retirar um patrocínio por atitudes inconvenientes de atletas é algo raro de acontecer com a Nike. Antes de Pacquiao, a fabricante já havia tido duas situações delicadas com grandes figuras patrocinadas.
Em 2008, a Nike viu Ronaldo se envolver em escândalo com três travestis, que os acusava de não pagar por um programa. No ano seguinte, Tiger Woods foi pego pela mulher, a modelo Elin Nordegren, que descobriu que ela a havia traído diversas vezes. O escândalo custou o casamento do golfista, mas não o patrocínio.