A CAF (Confederação Africana de Futebol) anunciou nesta sexta-feira Guiné Equatorial como sede da 30ª edição da Copa Africana de Nações. O torneio será realizado de 17 de janeiro a 8 de fevereiro. O pequeno país da África ocidental já havia sido sede da competição em 2012, quando dividiu com o Gabão a organização do evento.
O Marrocos seria a sede do torneio, mas pediu o adiamento da competição por causa da epidemia de ebola que assola alguns países africanos. Os 16 membros do Comitê Executivo da CAF, porém, negaram o pedido e deram um ultimato ao Marrocos, que acabou destituído do papel de anfitrião do evento. A seleção local também foi desclassificada da Copa Africana. O país, que havia assinado em abril contrato para ser sede do torneio, também deve ser condenado a pagar uma multa por prejuízos causados à confederação continental.
O governo e os dirigentes da federação marroquina sustentam que organizar o torneio irá gerar um perigo extra aos cidadãos de seu país e aos cerca de 1 milhão de visitantes que eram esperados. Para isso, utilizaram relatórios da OMS (Organização Mundial da Saúde), que afirma que a epidemia, que já causou 4.922 mortes, segue sendo um risco para os países do continente. Serra Leoa, Libéria e Guiné são os países mais afetados.
Já a CAF, também utilizou informes da OMS para defender a realização do torneio. Segundo a entidade continental, a Organização Mundial da Saúde que não recomenda a suspensão de nenhuma competição esportiva.
Nesta sexta, o presidente guineense, Teodoro Obiang, recebeu em audiência o mandatário da CAF, o camaronês Issa Hayatou, dando aval para que a competição seja realizada no país. Com isso, Guiné Equatorial garantiu lugar na Copa Africana. O curioso é que o país havia sido desclassificado nas eliminatórias para o torneio por utilizar um jogador suspenso.