A Adidas não é mais patrocinadora da Associação Internacional das Federações de Atletismo (Iaaf, na sigla original em inglês). A fabricante decidiu colocar um ponto final no contrato quatro anos antes do previsto em função dos casos de corrupção e doping que afetam o esporte, principalmente na Rússia, segundo revelou a BBC no último fim de semana.
Oficialmente, a marca não fala em rescisão, mas confirma que o doping fere uma das cláusulas do contrato firmado em 2008 por, de acordo com informações do mercado, € 30 milhões.
“A Adidas se opõe ao doping sob qualquer forma. Em consequência, estamos em contato estreito com a IAAF para saber mais do processo de reforma”, disse uma porta-voz da empresa à Agência France Press.
A decisão coloca mais pressão sobre Sebastian Coe, presidente da Iaaf, num momento-chave para o atletismo às vésperas dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. A Rússia, epicentro do escândalo, não poderá participar do evento por acobertar doping, extorsão de atletas e destruição de provas sobre o consumo de substâncias proibidas.
Além da Adidas, a Iaaf tem os apoios de Canon, Toyota, Seiko, TDK, TBS e Mondo.
Ao lado de Coca-Cola, McDonald’s e Visa, a fabricante alemã pressionou a Fifa durante o escândalo de corrupção de culminou no afastamento de Joseph Blatter, ex-presidente da entidade, mas manteve o aporte ao futebol.