O ano fiscal de 2016 da Nissan, período que compreendeu os Jogos Olímpicos, teve recorde de vendas da companhia na América Latina. Foram 181 mil veículos vendidos, um aumento de 6% em relação ao ano anterior, e a participação de mercado chegou a 4,6% na região. E, para a empresa, o sucesso esteve diretamente relacionada ao patrocínio e às ativações que envolveram o evento no Rio de Janeiro.
Em conversa com a Máquina do Esporte, o diretor de comunicação da Nissan, Rogério Louro, contou que, mais do que tornar a marca mais conhecida ao público, os Jogos Olímpicos foram fundamentais para mudar a percepção e a opinião dos consumidores sobre a empresa no mercado brasileiro e latino americano.
“O esporte está muito ligado à modernidade, à tecnologia. As pesquisas mostram isso. E foi isso que passamos, de a Nissan ser uma marca mais atrevida, com mais tecnologia e mais qualidade”, explicou Rogério Louro.
A estratégia foi uma mudança do que havia sido estabelecido no início da década. A Nissan ganhou maior conhecimento de marca com a campanha “Pôneis Malditos”, para a pick-up Frontier, que exaltava a força do veículo. Agora, o foco passa a ser a qualidade, a tecnologia e o design mais moderno da companhia.
Entre os produtos, o principal responsável pelo crescimento da Nissan foi o Kicks, o grande lançamento da marca no último ano. O veículo foi o mais usado nas ativações da empresa durante os Jogos Olímpicos, tanto na comunicação quanto no uso do staff do Rio 2016 ao longo do evento esportivo.
Mesmo em um segmento de luxo, com veículos que hoje partem de R$ 85 mil, o Kicks passou a ser o carro mais vendido da Nissan no Brasil, a frente de modelos mais populares, como o March ou o Versa. No último mês de março, o Kicks representou 40% das vendas da montadora no país.
“O objetivo com o Kicks era esse quando nós entramos com ele no mercado. Só que esses números que nós atingimos aconteceram muito mais rápido do que seria sem a força do patrocínio aos Jogos Olímpicos”, exaltou Louro.
Outro fator celebrado foi o crescimento em vendas em um período de retração do mercado. Neste cenário, o objetivo da Nissan era apenas ganhar share, mas a companhia foi além. No Brasil, tiveram alta de 10% nas comercializações de carro, enquanto o segmento diminuiu em 13% no mesmo período.