Após morte de onça, Comitê Rio 2016 proíbe animais silvestres em revezamento da tocha

A onça-pintada Juma durante passagem da tocha por Manaus

A morte da onça-pintada Juma, que participou de cerimônia durante o revezamento da tocha olímpica em Manaus (AM), na última segunda-feira (dia 20), levou o Comitê Rio 2016  a divulgar uma nota informando que não irá mais permitir a presença de animais silvestres no evento.

“Erramos ao permitir que a tocha Olímpica, símbolo da paz e da união entre os povos, fosse exibida ao lado de um animal selvagem acorrentado. Essa cena contraria nossas crenças e valores. Estamos muito tristes com o desfecho que se deu após a passagem da tocha. Garantimos que não veremos mais situações assim nos Jogos Rio 2016”, afirmou a organização, em sua página no Facebook.

A resolução aconteceu depois da passagem da tocha olímpica pelo Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIG), instituição responsável por qualificar militares para atuar nas regiões mais inóspitas da selva amazônica.

Na ocasião, a onça-pintada Juma, que era mantida pelos militares em suas instalações, esteve presente no momento da chegada da tocha ao local. Após a passagem do símbolo olímpico, segundo comunicado do Exército, a onça teria escapado no interior do zoológico da instituição.

Mesmo sedada com tranquilizantes, o animal quase atacou um militar e acabou sendo sacrificado. Os organizadores dos Jogos do Rio 2016 informaram que, mesmo que a convivência com animais silvestres faça parte da cultura local, não será mais permitida a exibição dessas espécies durante a passagem da tocha olímpica. 

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