O Palmeiras perdeu na última quinta-feira Jorge Vacarini, até então diretor financeiro, e Walter Munhoz, vice-presidente financeiro, que decidiu deixar de acompanhar a rotina do departamento para se manter apenas como vice-presidente, cargo estatutário. Mesmo assim, o balanço patromonial divulgado um dia depois, nesta sexta, aponta números positivos em praticamente todos os principais quesitos.
“O Palmeiras está demandando demais do nosso tempo, e não está dando para contabilizar com o tempo que temos para nos dedicarmos às nossas empresas”, pondera Walter Munhoz a respeito de sua saída, motivada por razões pessoais, segundo ele. O vice-presidente não irá mais participar do dia a dia da área financeira, e um substituto para o cargo de Vacarini ainda está sendo escolhido pela presidência.
Demissões à parte, as receitas subiram de R$ 119 milhões em 2010 para R$ 146 milhões em 2011, um aumento de 23%, enquanto as despesas tiveram queda de R$ 168 milhões para R$ 142 milhões, ou 16%, no mesmo período. Esse cenário fez com que o clube terminasse o ano fiscal com lucro operacional de R$ 4 milhões, algo que contrasta bastante com o prejuízo de R$ 49 milhões de 2010.
De qualquer modo, o Palmeiras terminou 2011 com déficit de R$ 22,8 milhões. A equipe conseguiu lucro operacional, mas esse indicador reflete apenas o desempenho financeiro do ano fiscal de 2011, sem contar com todos os juros, entre outras subtrações, acarretados por gestões anteriores. A GF Auditores Independentes, inclusive, responsável por checar os números, advertiu o clube sobre o déficit.
Outra surpresa está no marketing. Apesar de ter demitido os três diretores que o comandaram durante todo o ano passado, o Palmeiras viu a verba arrecadada com publicidade e patrocínio subir de R$ 18,7 milhões em 2010 para R$ 44,5 milhões em 2011. De um período para o outro, as principais mudanças foram a renovação do contrato com a Adidas e a chegada de empresas como BMG e Skill à camisa.