Já faz mais de uma década que Michael Jordan não joga basquete. Qualquer atleta comum teria que se contentar com o declínio do próprio potencial de mercado após dez anos de aposentado. Mas Jordan não se aplica ao caso: é uma potência de marketing. Em 2013, o maior jogador da história movimentou, sozinho, US$ 90 milhões (R$ 210 mi).
As cifras são oriundas da parceria com a fabricante de material esportivo Nike, que desenvolve uma linha de tênis em nome de Jordan, denominada Air Jordan 10. Para se ter ideia da aprovação dos produtos, saiba que no último sábado foi lançado um novo modelo que arrecadou, apenas no primeiro dia de vendas, US$ 35 milhões.
No ano passado inteiro, a Adidas lucrou US$ 40 milhões com os tênis assinados por Derrick Rose, seu principal nome da National Basketball Association (NBA), a liga norte-americana. O líder desse ranking, porém, foi LeBron James, cujo acordo com a Nike rendeu US$ 300 milhões.
Mas voltemos a Jordan. Segundo o analista Matt Powell, executivo da SportsOneSource, a Air Jordan 10 cresceu 11% em 2013, atingindo o montante de US$ 2,7 bilhões. Estima-se que a Nike abocanhe de 50% a 55% com as vendas. E, se consideramos as roupas do esportista, a empresa especializada em sportswear já deve ter faturado, ao todo, US$ 2 bilhões. No último ano, sua receita foi de US$ 26 bilhões.
Em outras palavras, um em cada dois pares de tênis de basquete comercializados nos Estados Unidos pertence à Air Jordan 10. O dado apenas ratifica a hegemonia da Nike, com 92% de participação, seguida por Adidas (5,5%), Reebok (1,4%) e Under Armour (0,7%).
Proprietário da equipe local Charlotte Bobcats, Jordan é, de fato, sucesso de marketing ainda nos dias atuais. Além de também ser patrocinado por Gatorade, Hanes, Upper Deck e Five Star Fragrances, viu seu nome aparecer em 50 novas letras de música em 2013.