Nas eleições presidenciais do Atlético-PR, cuja votação começou na manhã desta quinta-feira (15) e deve terminar às 19h, ambas as chapas envolvidas na disputa têm a Arena da Baixada como um dos pilares do planejamento. O uso do estádio na Copa do Mundo de 2014, ainda que as reformas estejam sem previsão de início, prevalece.
Diogo Fadel, escolhido pela chapa “Paixão pelo Furacão” para assumir o Conselho Administrativo, hoje ocupado por Marcos Malucelli, pretende capitalizar a arena no triênio entre 2012 e 2014. “O nome do estádio estará em evidência na mídia, então buscar patrocínio para essa propriedade é uma necessidade”, afirma o candidato.
A principal referência para o virtual presidente é o mercado dos Estados Unidos, no qual ele diz que 98% dos estádios, entre todas as modalidades, têm patrocínios específicos. Incluir em um pacote a cessão dos naming rights e exposição na camisa rubro-negra, como fez com a Kyocera no início da década 2000, é uma das hipóteses.
Já Mario Celso Petraglia, ex-presidente e representante da chapa “CAP Gigante” para o mesmo cargo, vê no estádio a possibilidade de fortalecer o programa de sócios-torcedores. Hoje, a Arena da Baixada tem espaço para 22 mil associados, e o opositor pretende subir para cerca de 40 mil já em 2012, considerando a capacidade após a reforma.
Ao contrário de outras equipes do futebol nacional, que preferiram abrir planos de adesão que não incluem ingresso garantido, o candidato seguirá o modelo adotado atualmente. O sócio-torcedor terá cadeira reservada nos jogos realizados pelo Atlético-PR no Couto Pereira, estádio do Coritiba, segundo planeja Petraglia, durante o fechamento.
Vale ressaltar que, em ambas as propostas, a definição das obras na Arena da Baixada é preponderante. Sem a garantia de que ela será usada na Copa de 2014, os planos de vender naming rights de Fadel são enfraquecidos. Caso haja atrasos e mudanças no projeto, Petraglia também terá problemas para emplacar a associação.
A gestão das reformas, inclusive, pertence a um dos candidatos envolvidos. Petraglia venceu a proposta feita pela gestão Malucelli de ceder a administração do estádio à construtora OAS e, desde então, tem sido o principal responsável por viabilizar as obras para a Copa. De um modo ou de outro, portanto, continuará presente à frente da equipe.
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