O assessor de imprensa da presidência do Fluminense, Artur Mahmoud Machado, e o presidente da torcida organizada do Flamengo Raça Fla, Alesson Galbão de Souza, foram presos na manhã desta segunda-feira (11) no Rio de Janeiro. As detenções são parte da segunda fase da Operação Limpidus, que investiga repasses ilegais de ingressos feitos por clubes de futebol a torcidas organizadas.
Mais duas pessoas também foram presas durante a deflagração da operação, realizada em conjunto pela Polícia Civil e o Ministério Público do Rio. Leandro Schilling e Monique Patricio dos Santos Gomes são da empresa Imply, responsável pela confecção dos ingressos das partidas do Flamengo.
Um pouco mais tarde, o gerente de operações de arenas do Fluminense, Filipe Dias, que não havia sido encontrado em casa, se apresentou à polícia e também foi detido.
Além deles, os agentes da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) do Rio de Janeiro ainda procuram por Edmilson José da Silva, o “Tubarão”, chefe de segurança do Vasco. Como não foi encontrado em casa nem no trabalho, Tubarão já é considerado foragido.
No total, a polícia possui 14 mandados de prisão preventiva. Cinco já haviam sido cumpridos na primeira fase da operação, realizada na semana passada, quando três integrantes de torcidas organizadas do Fluminense foram presos. Outros membros de torcidas organizadas e dirigentes dos quatro grandes clubes do Rio, entre eles o presidente do Fluminense, Pedro Abad, e o vice-presidente de futebol do Vasco, Eurico Brandão, o Euriquinho, também foram levados à delegacia para prestar depoimentos.
As investigações sobre o repasse de ingressos a organizadas tiveram início em março. Todas as ações da DRCI estão autorizadas pelo juiz Guilherme Schilling, do Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos do Rio de Janeiro.