O basquete brasileiro perdeu, na última segunda-feira (23), uma das equipes que integraram as três edições do Novo Basquete Brasil (NBB). O Assis Basket, sem patrocinadores de grande porte, perdeu os recursos que eram repassados pelo poder público da cidade de Assis e teve de encerrar a equipe de basquete. Mas a história não é nova.
Em 1º de julho de 2009, Cássio Roque, presidente e principal patrocinador do Winner/Limeira, havia dissolvido a equipe de basquete por falta de dinheiro para bancar as despesas. A crise econômica que freou mercados no mundo inteiro havia fragilizado as empresas do dirigente. Um ano depois, o Limeira estava de volta.
O estatuto da Liga Nacional de Basquete (LNB) permite que membros se afastem do NBB por dois anos. Depois desse prazo, perdem direito a disputar a principal competição da modalidade no país, mas até lá têm tempo para se recompor financeiramente e voltar. Apoiado no regulamento, o Assis irá se espelhar em Limeira.
A Autarquia Municipal de Esportes de Assis era responsável por custear hospedagem e alimentação dos jogadores da equipe, valor que nenhum patrocinador está disposto a desembolsar atualmente. “Não podemos baratear e negligenciar esses gastos, e não vamos dever para ninguém”, diz Marcus Gil, diretor de marketing do Assis.
Na tarde da última segunda, membros da diretoria se reuniram com Joaquim Carvalho Motta Junior, presidente do clube, para pensar em planos para se recuperar rapidamente. A ideia é voltar com força, como fez o Limeira, que no início deste ano foi campeão paulista, após bater o Pinheiros/Sky por 3 a 1 na decisão do Estadual.
Com a saída do Assis, a próxima edição do NBB pode ampliar o número de participantes de 15 para 17. Tijuca/Locanty e Liga Sorocabana, finalistas da Super Copa Brasil, ganharam vagas na “primeira divisão” do basquete brasileiro, mas precisam comprovar capacidade financeira, bem como Londrina, que também pleiteia vaga.