O começo do ano representou para diversos clubes do Brasil um período de temor. A saída iminente – e posteriormente confirmada – da Caixa Econômica Federal do patrocínio esportivo deixou os clubes em estado de alerta. Afinal, em um cenário econômico ainda imprevisível, perder o patrocínio máster significa para a maioria um período de extrema incerteza. Mas, em meio a essa situação, um clube se destacou neste começo de ano: o Atlético Mineiro.
Neste final de semana, o clube anunciou dois novos patrocinadores: a marca de laticínios Camponesa, que também estará na camisa do rival Cruzeiro, e a fabricante de material esportivo Le Coq Sportif, que em breve vestirá o uniforme atleticano. Do começo do ano para cá, o clube fechou patrocínios no uniforme com BMG, Bamaq, Auto Truck, Fiat e, agora, com os dois novos parceiros.
Foto: Reprodução / Twitter (@Atletico)
Todos os patrocínios contemplam entregas que envolvem exposição de marca, mas, também, diversas ações de ativação. A Auto Truck, por exemplo, criou um “carro doido”, que é todo tematizado com as cores do clube e faz ações com os torcedores em dias de jogos. A Camponesa também terá ativações digitais.
“O patrocínio mostra a força da marca do Atlético, que é, comprovadamente, a maior marca esportiva de Minas Gerais e uma das maiores do Brasil. Iniciamos essa parceria na certeza de contribuir muito para que a Camponesa tenha ainda mais destaque”, afirmou, em nota, Pedro Melo, gerente de patrocínios do clube.
A entrada da Camponesa no uniforme atleticano reforçou a necessidade de as marcas terem exposição para fechar o acordo. A marca da fabricante de laticínios ficará no ombro da camisa atleticana, acima da Universidade Brasil. Logo ao lado, na gola, está o nome da Bamaq. Num pequeno espaço, são três patrocinadores.
A novidade do domingo foi o acordo com a Le Coq. A marca substituirá a Topper, que tem deixado o futebol nos últimos meses, após um fracassado projeto de soberania em clubes do país. Segundo o Atlético divulgou em comunicado, ainda não existe previsão para o lançamento do uniforme. A tendência é de que o clube faça sua estreia no Brasileirão com a nova marca.
Uma das certezas é de que o clube fará bastante uso da marca do Galo, que é a mascote do clube e também o símbolo da empresa de origem francesa que, no Brasil, havia sido representada por diversas fabricantes nas últimas décadas. Em 2014, a marca tentou voltar a atuar no país por meio da SPR, porém o projeto acabou não indo para frente. Mundialmente, a Le Coq está hoje nas camisas de Fiorentina (Itália) e St. Éttiene (França). A marca francesa teve bastante exposição nos anos 80, quando foi patrocinadora da Argentina campeã mundial de 1986.