Laurent Colette não é mais diretor de marketing do Barcelona. O executivo anunciou nesta semana sua transferência para a Roma, descontente com a recente contratação de Francesco Calvo, que fez o caminho inverso da Itália – onde atuava na Juventus – para a Espanha. Colette era a principal ponte do clube catalão com mercado brasileiro.
No início do mês de outubro, o espanhol esteve no Brasil para apresentar a parceria do time de Neymar com a Glade, em negociação tricotada com a Traffic e a NR Sports, agência do pai do atacante.
A chegada de Calvo foi anunciada como motor para acelerar a abertura do escritório do Barcelona em São Paulo, uma das promessas da campanha do presidente Josep Maria Bartomeu. A oficina será a base para os negócios do clube em toda a América Latina.
Além do acordo com a C&A, o Barcelona aparece nas peças publicitárias da Tenys Pé, patrocinadora de Neymar, e tem na Telefónica sua parceira de negócios na América Latina por 13 milhões anuais. O contrato prevê a utilização da imagem dos jogadores em campanhas de marketing e a organização de um amistoso na região, possivelmente em território brasileiro.
O clube quer que esses contratos sejam administrados o mais breve possível do escritório a ser aberto na cidade de São Paulo.
As unidades de vendas blaugranas, a coordenação das “sedes” em Hong Kong e Nova York, a exploração do Camp Nou, o marketing, as áreas audiovisual e digital estarão sob a responsabilidade do executivo italiano, assim como a meta de alcançar € 1 milhão de faturamento até a temporada de 2021.
Negociações com a Qatar Aiways sofrem impacto com saída de Colette
Responsável por dobrar o faturamento de marketing catalão, Colette deixa o Barcelona em plena negociação para a renovação com a Qatar Airways. O executivo era considerado o alicerce do patrocínio dentro do clube, que deve chegar aos 65 milhões anuais.
Além da opinião pública contrária ao acordo, o Barcelona tem outros empecilhos para manter a marca em sua camisa. Um deles é o tempo de contrato: o clube quer estender a parceria por mais três anos e a liberação do espaço das roupas de treino, cláusulas que desagradam a companhia aérea.