O Barcelona, com patrocinadores na região do Oriente Médio, divulgou que seu escudo é intocável e que não retiraria a cruz de Saint Jordi de seu emblema por conta de pressão de parceiros de países muçulmanos.
O posicionamento do clube se deu após a polêmica retirada da cruz do rei Afonso XIII do escudo do Real Madrid. Tudo para não ferir suscetibilidades de clientes islâmicos do Banco Nacional de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, que lançou um cartão licenciado com o emblema do clube. O clube assinou com a instituição bancária até 2017.
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O clube também possui contratos com Emirates e IPIC, ambas empresas do país, mas que por serem globais, não impõem a mudança no escudo. Os muçulmanos relacionam a cruz com as Cruzadas, que pretendiam restabelecer o controle cristão sobre a Terra Santa.
O time de Madri é reincidente na iniciativa. O clube tinha acordo para a construção do parque temático Real Madrid Resort Island. O projeto, que incluía o emblema do clube sem a cruz, foi suspenso por causa da falência do fundo de investimento RAK Marjan Island Football. O Banco de Abu Dhabi se comprometeu a recuperar a obra, que espera um faturamento de € 50 milhões anuais.
Já o Barcelona, por sua vez, também conta com patrocínio de instituições do Oriente Médio, como a Qatar Aiways e o United Arab Bank, que também oferece cartão de crédito do clube, só que com escudo original.
Apesar disso, é comum encontrar, em países árabes, gorros e camisas do Barcelona sem a cruz do padroeiro da cidade, restando uma listra vermelha entre duas brancas na parte superior esquerda do escudo. O clube, porém, afirma que esses produtos, de baixa qualidade e preços menores, são falsos.