Nos últimos meses, aumentaram as notícias de que fabricantes de veículos estão de olho no futebol. A Kia Motors fez a aquisição da cota máster do Palmeiras, antes ocupada pela Fiat, e a Hyundai, embora seja do mesmo grupo, ganhou espaço na mídia por negociar com Corinthians e Flamengo. Diante das investidas feitas por concorrentes, no entanto, a BMW decidiu ficar fora do futebol brasileiro.
A lógica é que, como montadora de carros de luxo, não faz sentido para uma marca como a BMW estar presente em uma modalidade reconhecidamente de massa. “Nós temos modelos acessíveis, mas ainda não para entrar em uma competição dessas com Hyundai e Kia”, explica Gabriela Sterenberg, coordenadora de marketing da companhia no Brasil. Existem, diz ela, outras situações mais proveitosas.
“A BMW é um carro que desperta muito desejo, então dá para dar visibilidade para a marca sem massificar. Podemos ir a um aeroporto, a um shopping como Iguatemi e Cidade Jardim, e levar alguns de nossos modelos para serem vistos. Ir a um campo de futebol, com tanta torcida, com pessoas de tantas classes sociais juntas, não é nosso foco”, acrescenta a coordenadora de marketing da empresa.
É por esse raciocínio que a montadora alemã decidiu investir em automobilismo, a princípio no Campeonato Brasileiro de Gran Turismo. A BMW montou uma equipe – patrocinada, entre outros, pelo BMG – para entrar na temporada, com início marcado para 22 de abril próximo. Por meio dessa categoria, segundo Sterenberg, é possível se aproximar de fãs entendidos de carros e transformá-los em consumidores.
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