Ainda foi em primeira instância, mas, no momento, custou caro a ação do Botafogo contra o grupo humorístico Porta dos Fundos. Segundo a sentença proclamada, “a liberdade de expressão autoriza programas humorísticos a usar marcas comerciais famosas em seus esquetes, sem precisar de autorização”. O clube promete recorrer à decisão do tribunal.
O Botafogo resolveu processar o programa de internet em 2015, quando o Porta dos Fundos ironizou o excesso de patrocinadores na camisa do time. O filme usou o uniforme do clube, ainda que não fosse o oficial, mas com o escudo do time. A situação irritou ainda mais porque o vídeo foi feito em parceria com a Adidas, com aval do Flamengo, para lançar o uniforme da equipe na época.
Segundo a sentença, o vídeo do grupo foi uma “crítica à política de marketing dos clubes e que o ‘Porta dos Fundos’ não tinha intuito de lucro com aquele vídeo”.
Outro fator que aumentou o clima de indisposição entre Botafogo e o grupo humorístico foi o fato de que um dos sócios do Porta dos Fundos, Antônio Tabet, se tornou vice-presidente de comunicação do Flamengo três meses após a divulgação do polêmico vídeo.
Caso o Botafogo não consiga reverter o caso, terá que arcar com R$ 120 mil pelo processo. A quantia representa 10% do que o clube pediu ao grupo no processo; o clube havia tentado ganhar R$ 1,2 milhão de danos pelo vídeo.