Único negro integrante da seleção da África do Sul, campeã mundial de rúgbi em 1995, Chester Williams deu uma clínica da modalidade para crianças do projeto social Vivendo o Rugby.
O sul-africano passou seu conhecimento para cerca de 50 crianças do projeto, eleito em 2015 como o melhor do mundo pela World Rugby, a federação internacional da modalidade.
“Ensinar o que aprendi no rúgbi para crianças é fantástico. Afinal, eles são o futuro da modalidade. O rúgbi traz consigo valores como a amizade e o respeito, que são base para a formação de qualquer pessoa”, contou Williams.
O ex-jogador, que está no Brasil a convite do Bradesco, participa do revezamento da tocha olímpica nesta quinta-feira (14), por volta das 16h, em Curitiba. “Sou muito grato por ter sido escolhido pelo Bradesco para ser um condutor da tocha, entre tantas personalidades internacionais do esporte que poderiam ter sido convidadas. Espero representar bem meu povo”, comentou.
Williams, 44, atuava como ponta na lendária seleção campeã da Copa do Mundo de rúgbi. A conquista uniu o país e inspirou o livro “Invictus”, posteriormente transformado em filme homônimo. Dirigido por Clint Eastwood, a história recebeu duas indicações para o Oscar em 2009.
O ex-jogador foi um dos líderes da equipe, incumbida pelo presidente Nelson Mandela de promover a igualdade entre negros e brancos. Após longo período de Apartheid, regime de segregação racial, Mandela procurou unir a nação através do rúgbi. O título mundial ajudou a consolidar esse ideal.
Após encerrar a carreira de jogador, em 2000, Williams se tornou treinador e também se dedicou a trabalhos sociais junto à população carente, além de realizar palestras em diversos países. O ex-jogador também foi o técnico da seleção de rúgbi 7 da África do Sul entre 2001 e 2003.