Brasil e Austrália iniciaram as negociações para promover o interc”mbio na área esportiva. O ponto de partida para a aproximação entre os dois países foi a inspiração do governo brasileiro nas Olimpíadas de Sidney para a candidatura do Rio de Janeiro aos Jogos de 2016. Além disso, as comunidades tradicionais de Brasil e Austrália, fundamentadas na cultura indígena, ajudaram no andamento das conversas. A reunião, ocorrida na última terça-feira, em Brasília, contou com as presenças do ministro das Relações Exteriores australiano, Stephen Smith, e do embaixador Neil Mules. ?Seria muito importante se o governo da Austrália permitisse uma cooperação entre os dois países de modo a ter um plano de trabalho conjunto para aprendermos com a experiência fantástica do país que, em poucos anos, se transformou numa potência esportiva?, disse o ministro brasileiro. ?Gostaria de convidá-los para conhecer os Jogos Indígenas. A cada dois anos fazemos um evento nacional que agrupa algo em torno de 50 etnias, com práticas corporais e jogos tradicionais desses povos?, explicou Silva Jr. Durante a reunião, Smith citou as principais ações do governo australiano que colaboraram para evolução esportiva do país. ?O primeiro-ministro [Kevin Rudd] e eu vemos muito mais potencial nessa relação com o Brasil e com os outros países da América do Sul. Uma das coisas que mais contribuíram para esse sucesso foi o nosso Instituto Australiano de Esporte e também trabalhamos muito no nível comunitário. Queremos que todas as crianças tenham acesso ao esporte já desde cedo?, afirmou. Ao final do encontro, o comandante da Pasta esportiva nacional presenteou Smith com um livro sobre Pelé, uma bandeira do Brasil e uma pedra ametista. Já o ministro australiano entregou a Orlando Silva um livro sobre a história da de sua terra natal.