O Brasil entrará em campo nesta sexta-feira (6) para tentar chegar à segunda semifinal de Copa do Mundo consecutiva. Mas, também, por trás de uma classificação brasileira, está um importante desafio para Neymar. Ser protagonista na partida de hoje vai além do sucesso em campo para o principal jogador do time nacional: o camisa 10 tem urgência em sanar a crise de imagem que tem vivido nos últimos meses, com a devida intensificação durante o Mundial.
Desde a transferência para o Paris Saint-Germain, no meio de 2017, Neymar tem convivido com ruídos em sua imagem. Jogador mais caro da história do futebol, o brasileiro começou na capital francesa com desentendimentos públicos com seus companheiros, especialmente o atacante uruguaio Edinson Cavani. Depois, se machucou, voltou ao Brasil para se recuperar, foi envolvido em especulações de nova transferência e encerrou a temporada com resultados bem abaixo da expectativa.
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A Copa do Mundo seria o cenário ideal de recuperação, mas o quadro foi o inverso. Com futebol tímido e diversos lances em que o atleta simulou faltas e agressões, Neymar tem sofrido uma avalanche de críticas, desde locutores como Galvão Bueno até celebridades, como o ator Matthew Lewis, da saga Harry Potter. Parte da mídia internacional também tem gastado tinta para apontar o mau comportamento do brasileiro. O USA Today, jornal de maior circulação dos Estados Unidos, afirmou que o camisa 10 é uma “vergonha para o futebol”, um “farsante”.
A conjuntura configura numa crise de imagem de Neymar, inclusive no Brasil. Um levantamento on-line da consultoria Atlas Político revelou que a maioria dos brasileiros considera o desempenho dele apenas regular nesta Copa, e há mais gente que o avalia como “ruim ou péssimo” do que “bom ou ótimo”. Em comparação, mais da metade dos entrevistados deram “bom ou ótimo” para o técnico Tite, mostrando que hoje o treinador tem maior estima entre os torcedores.
Confira a análise de Erich Beting, CEO da Máquina do Esporte.
Antes das oitavas de final, o Paraná Pesquisas levantou quem seria o jogador de maior destaque das fases eliminatórias do Mundial. Neymar ficou em terceiro lugar, atrás do colega de time Philippe Coutinho e do português Cristiano Ronaldo.
Antes do duelo com a Bélgica, Neymar foi muito elogiado pelos adversários, mas o público e a mídia ainda o cercam de desconfiança. Em 2014, ele já era o grande destaque do mercado, algo que se repetiu neste ano, com mais de dez parceiros.
Hoje, Neymar tem nova prova para que o campo não atrapalhe seus negócios.